Os tempos do líder focado apenas em processos e resultados sem a devida importância ao capital humano chegou ao fim.
Ao retornar para casa, em uma noite fria de domingo como de costume na cidade de Curitiba, apesar de estarmos em pleno verão em fevereiro de 2020, após um dia produtivo de atendimentos com empresários que buscavam pela diferenciação do que ofereciam em seu segmento, ouvi muito atento o relato de dois passageiros que me acompanhavam no trajeto até o meu próximo ponto de ônibus.
Um deles muito exaltado dizia: Eu fui pedir um emprego, e não para que voltassem com a escravidão! Se referindo a carga horária além da que foi contratado para cumprir. E seguiu dizendo: As coisas já não estavam fáceis, e quando tudo começa a “entrar no eixo” o responsável técnico interrompe a produção para nos dizer que não estamos comprometidos, que não fazemos por merecer e que ninguém nos havia chamado ali, ficando claro que a porta da rua era serventia da casa.
Ele continuou lembrando que na última intervenção com a mesma abordagem, um funcionário que fazia um trabalho extremamente pesado pediu demissão. Isso custou a empresa um setor onde ninguém queria atuar e que na tentativa de um colaborador de idade já avançada, porém disposto a fazer o que tinha que ser feito, gerou um afastamento por acidente de trabalho em exercício da função. Mas a empresa conseguiu resolver realocando duas pessoas onde antes era o trabalho de uma. O próprio relator do fato confessou que ele e os colegas de trabalho por vezes precisaram também realizar a função da qual não eram preparados para poder entregar a tempo o pedido, mas que em número muito maior de pessoas com receio de que também pudessem se machucar.
Qual então é o preço de uma liderança toxica? Quantos bons profissionais as empresas perdem diariamente por questões que poderiam ter sido resolvidas apenas com uma boa conversa? Quantos líderes estão preparados para agir na resolução de conflitos de forma inteligente e harmoniosa?
Estudos recentes demonstram que mais de 80% dos profissionais contratados para exercer o papel de liderança nas empresas, são contratados por suas competências e habilidades técnicas, porém, demitidos por inadequações comportamentais. A inabilidade para questões relacionais dos líderes e gestores corporativos, fatalmente definem os resultados que nenhum empreendedor ou empresário gostaria de apresentar nos seus relatórios mensais ou anuais.
Durante os meus estudos sobre o tema, encontrei uma passagem no livro O Poder da Inteligência Emocional, como liderar com sensibilidade e eficiência, que traduz a importância de saber lidar com as emoções no ambiente corporativo, onde o conceituado autor, Daniel Goleman, diz:
“Durante muito tempo os administradores viam as emoções no local de trabalho como ruídos que atrapalhavam o funcionamento racional da organização. Mas a ideia de que as emoções são irrelevantes para o mundo profissional ficou para trás. O que as organizações precisam agora é perceber os benefícios da liderança primordial, cultivando líderes que gerem a ressonância emocional necessária para o desenvolvimento de seus funcionários.”
Muitas pessoas não atingem grandes resultados em diversas áreas da vida pois não conseguem gerir suas emoções em determinadas situações, e se tornam reféns de ações involuntárias com resultados desastrosos na maioria das vezes. Não é aquilo que acontece na nossa vida, mas sim, como reagimos a estes acontecimentos que produzem resultados positivos ou negativos seja na vida pessoal ou profissional.
Para criarmos uma realidade usufruindo de boas relações e consequentemente, um cenário corporativo ou organizacional próspero e saudável, é fundamental entendermos como vamos lidar com os profissionais que não estão preparados emocionalmente na nossa equipe, e como fazer a gestão de crises habituais, do dia a dia, para restaurar a ordem e caminhar juntos para um objetivo comum. Saber que nem sempre estaremos navegando em um “mar de rosas”, é estarmos preparados para acolher a tempestade e usar o vento forte a nosso favor.
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Uma Egrégora de Líderes está emergindo na sociedade. 🤜🤛 São pessoas unidas não necessariamente por convívio social ou profissional, mas conectadas por Propósitos comuns: a busca da realização, da felicidade plena, o desejo de alcançar metas pessoais, atingir objetivos, realizar sonhos, e de não fracassar, tampouco desistir ante aos (eventuais/ocasionais) desafios, manter autocontrole e ter energia! ⚡⚡ Ao graduar, inicialmente, na Escola de Guerreiros Haka Training e agora pós-graduar no Instituto Jivan Pramod, cumpre-me ratificar e validar a essência de sua proposta pela ascendente e positiva transformação intelectual e emocional do indivíduo. Há um propósito sensível e claro pela evolução do ser humano. 👊❤️ O mote é a Estratégia Emocional: ponto alto da matéria que, outrora, não constava das grades curriculares das nossas Instituições…